Carros de luxo, joias, armas e celulares foram apreendidos em uma operação da Polícia Federal contra uma organização criminosa que praticava fraudes por meio de pirâmide financeira. Ação começou na manhã desta terça-feira (27) em cidades de Santa Catarina e São Paulo.
A PF estima que mais de 400 pessoas foram prejudicadas pelo esquema de pirâmide, em valores que podem ultrapassar R$ 30 milhões.
Os mandados de busca e apreensão são cumpridos nas cidades de Rio do Sul, no Vale do Itajaí, Itapema e Porto Belo, no Litoral Norte catarinense, e Videira, no Oeste de Santa Catarina. Em São Paulo, o cumprimento ocorre em Paulínia e Osasco.
Para tentar desarticular a quadrilha, foram feitos bloqueios e sequestro de veículos, de bens e valores mantidos em bancos e corretoras de criptomoedas.
Até esta terça, onze pessoas foram indiciadas por organização criminosa, falsificação de documento, falsidade ideológica, uso de documento falso, operar instituição financeira sem autorização, emitir, oferecer e negociar valores mobiliários sem registro prévio, estelionato e lavagem de dinheiro.
Além das apreensões, também foram recolhidos os passaportes dos dois principais investigados, em Rio do Sul. Uma pessoa foi presa em flagrante em Porto Belo por posse ilegal de arma de fogo.
Os carros foram apreendidos em Rio do Sul e Itapema. Os relógios e joias, em Rio do Sul.
Segundo a PF, a organização criminosa é composta por um conglomerado de 15 empresas e atuou entre 2017 e 2020. O grupo tinha como base Santa Catarina e São Paulo.
No esquema, a organização captava clientes para supostos investimentos em criptoativos e outros negócios. Os criminosos prometiam lucros além dos existentes no mercado. Porém, o grupo operava na forma de pirâmide financeira.