O pequeno Gustavo Fernandes dos Santos, de apenas três anos, recebeu o diagnóstico de autismo na última sexta-feira (15), classificado como “emergência” o mesmo requer atendimento prioritário.
Segundo a mãe do menino, Crislaine Rodrigues Fernandes, desde então tem enfrentado inúmeras dificuldades ao tentar acessar os serviços de terapia adequados para seu filho.
Com o diagnóstico em mãos procurou a APAE para dar início ao processo de encaminhamento, mas foi informada de que o procedimento deveria ser realizado no posto de saúde de sua unidade, localizado no bairro Areias, mesmo sendo classificado como prioritário, ela descobriu que seu filho estava em uma fila de espera considerável, tendo cerca de 150 crianças antes dele na fila de espera.
A mesma buscou orientações legais, e em conversa com uma advogada que a informou sobre a possibilidade de entrar com uma ação judicial contra o estado para garantir o tratamento necessário para seu filho.
Ela está ciente de que a demora pode comprometer o futuro das crianças, já que a neurologista responsável pelo diagnóstico indicou que o período crítico para intervenção é de dois a três anos na faixa etária do seu filho.
Para agravar a situação, a mãe procurou orçamentos para tratamentos particulares, chegando a um custo exorbitante de R$12.000 para um mês de terapia.
Diante disso, a mãe está decidida a entrar com uma ação judicial contra o estado, exigindo que sejam providenciadas vagas para todas as crianças que necessitam de tratamento. Ela espera que sua luta inspire outras mães na mesma situação a buscar soluções e a reivindicar o direito fundamental de seus filhos a um tratamento adequado e oportuno.
Aqui em Tijucas, as terapias especializadas são oferecidas na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) para crianças até seis anos, e posteriormente, na Associação de Amigos dos Autistas (AMA). Porém, outras mães apontam que existe uma fila de espera, tornando a situação ainda mais complicada.