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Babá é torturada e mantida refém após descobrir ligação de patrões com o tráfico de drogas, diz polícia

Depois de uma denúncia anônima, a polícia libertou uma babá vítima de tortura, sequestro e cárcere privado em uma chácara em Guararema no início desta semana. Os patrões são suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas e acabaram presos.

A ocorrência foi na última segunda-feira (10), no bairro Itapema. Segundo o boletim de ocorrência, a delegacia recebeu uma denúncia por telefone de que uma babá era mantida em cárcere privado no quartinho de uma chácara no bairro Itapema. A polícia decidiu investigar e enviou uma equipe ao local.

Os policiais encontraram a babá com os patrões na varanda da chácara. De acordo com os policiais, a vítima ficou desconfiada e, inicialmente, não conversou com eles. Já os patrões explicaram que a funcionária tinha problemas com drogas e que eles a estavam ajudando.

Quando ficou a sós com os agentes, a mulher decidiu falar. De acordo com o boletim de ocorrência, ela explicou que conheceu os patrões há sete meses em Natal (RN) e que morou com eles por dois meses na cidade. Até então, não desconfiava das atividades dos patrões.

A babá disse ter desconfiado quando um estrangeiro e um brasileiro passaram um mês na casa. Eles falavam da venda de frangos e de containers. O patrão teria dito que se um negócio desse certo em Fortaleza, ele compraria uma casa e um carro para ela. Foi então que eles se mudaram para o Ceará.

Segundo a babá, ela mal saía da casa e eles falavam sempre de um barco, mas o brasileiro que morou com eles em Natal foi antes para Fortaleza e avisou que o veículo tinha sido apreendido. A vítima imaginou que os patrões eram traficantes de drogas e relata que a irmã da patroa confirmou.

A família então se mudou para São Paulo. De acordo com a babá, inicialmente eles foram para a casa da mãe da patroa em Guararema. Em seguida se mudaram para uma chácara na mesma cidade, onde a polícia a encontrou.

A babá disse que ganhou um celular da patroa que tinha a senha para liberar o aparelho. Em Guararema , a vítima conheceu um namorado e conversava com ele sobre as desconfianças que tinha em relação aos chefes.

A patroa teria visto uma conversa dela com o namorado em que citava o envolvimento do casal com o tráfico. A babá relatou que a patroa a tirou do quarto, a puxando pelos cabelos e a levou até o marido, que aguardava com uma faca. Segundo a babá, a patroa disse “já era” e que a funcionária não deveria ficar viva. A babá disse que, nesse momento, o patrão intercedeu e a amarrou, levando-a para um quartinho.

Nesse cômodo, a babá disse que foi agredida pela patroa, durante a madrugada, com murros nas costelas e puxões de cabelo. Depois eles a soltaram, mas a patroa a vigiava. A babá informou que ouviu a patroa conversando com outras pessoas e dizendo que haveria um debate para ver o que fariam com ela.

A babá destacou que quando os policiais chegaram, ela achou que fossem do “comando”. A babá disse ainda saber que o Jaguar dos patrões está em seu nome, por causa de uma multa que chegou na casa dela, em Natal.

A polícia suspeita que o barco citado pela babá trata-se de uma embarcação apreendida em Mucuripe, no Ceará, com drogas. A polícia apreendeu o Jaguar, celulares, Ipad, R$ 11 mil e diversos cartões bancários. Após o registro do boletim de ocorrência, os patrões foram presos.

 

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