Um elefante-marinho-do-sul apareceu na orla de São José, na Grande Florianópolis. O animal estava com um ferimento na cabeça e descansava na faixa de areia, segundo a Guarda Municipal, que isolou a praia. A intenção, segundo a Guarda, é evitar que a população se aproxime do animal, pois “se ele for para a água cansado, pode se afogar“.
O mamífero apareceu na praia na manhã de quinta-feira (21) e continua no local na manhã desta sexta (22). Uma equipe do Instituto Australis foi acionada e compareceu no local para identificação do animal.
Segundo a bióloga Camila Morais, uma veterinária do R3 Animal avaliou e constatou que o elefante-marinho estava em boas condições de saúde, em processo de cicatrização dos machucados e que, aparentemente, procurava descansar.
Ainda segundo Camila, o animal estava tranquilo e, apesar de cansado, pode se deslocar pela região.
“Há risco para ele se as pessoas se aproximarem, pois tem que voltar para água e vai gastar mais energia, por estar cansado. E também há risco para a população, pois ele pode atacar, dependendo de como ocorrer a aproximação”, alertou.
O nome do animal é porque os machos adultos possuem uma proeminência nas narinas, que aparece em torno dos 8 anos de idade, chamada probóscide. Ela lembra a tromba dos elefantes. Os machos da espécie marinha podem chegar até 5 metros de comprimento e pesar até 5 toneladas.
O aparecimento desses animais em praias da região é comum, segundo o instituto, já que eles se deslocam para reprodução e, quando se sentem cansados, param para relaxar nas areias mais próximas.
Orientações
Caso encontre animais dessa ou outras espécies marinhas, o instituto pede que as pessoas não se aproximem e não tentem fazer fotos ou vídeos. É preciso avisar o Projeto de Monitoramento de Praias pelo telefone 0800 642 3341.
O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia dos Santos é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama. O objetivo é avaliar possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos encontrados mortos.