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Meteorologista explica: região Sul é considerada berço de ciclones

Localização de Santa Catarina faz com que fenômenos como o que causou destruição nesta semana sejam mais comuns no Estado

Ciclone deixou rastro de destruição esta semana em SC(Foto: Felipe Carneiro / Arquivo pessoal)
Ciclone deixou rastro de destruição esta semana em SC (Foto: Felipe Carneiro / Arquivo pessoal)

O ciclone que atingiu Santa Catarina, provocou nove mortes e cenas de destruição em 101 municípios, como destelhamentos de casas e quedas de árvores, vem ocasionando debates sobre por qual motivo o Estado registra com frequência em sua história fenômenos naturais impactantes como este último.

​A meteorologista Marilene de Lima explica que um dos fatores que favorece a ocorrência desses fenômenos climáticos é a própria localização do Estado. O Sul do Brasil é considerado um berço de ciclones na América do Sul – no termo técnico, uma região ciclogenética, onde os ciclones se formam, e que inclui também Uruguai e Argentina.

Ela comenta que isso se deve a uma série de fatores meteorológicos, como o ar mais seco vindo dos Andes, o fluxo de ventos mais quentes da Amazônia e a umidade na atmosfera proporcionada pela região da Bacia da Prata.

Esta semana, a situação foi mais grave por causa da combinação entre o ciclone com queda rápida na pressão atmosférica – por isso chamado de ciclone bomba, capaz de provocar mais danos – e uma linha de instabilidade causada por ele, com nuvens carregadas que cruzaram o Estado do Oeste ao Litoral. Foi essa combinação que resultou no temporal que provocou tantos estragos em Santa Catarina.

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